21/06/2016 18:31

O professor, ex-prefeito de Canela e pré-candidato a Prefeitura canelense, pelo PMDB, Constantino Orsolin, durante entrevista no programa Redaçao Sorriso, afirmou que não existe nenhum impedimento legal para sua candidatura e que não está inelegível. “Só existem duas coisas que me impediriam de concorrer a Prefeitura de Canela: se eu não quiser ou se eu morrer. Essa questão da inelegibilidade é recorrente e é um assunto plantado pelos adversários. Não existe nenhuma sentença julgada que dê procedência a esses boatos”, frisou.

Constantino afirmou que as conversas com o PSDB estão bem adiantadas e que a tendência é o PMDB estar coligado nessas eleições. “É dificil um partido governar sozinho o município. É preciso abrir espaço para que outras siglas possam contribuir. Mas o que tenho dito a todas as lideranças políticas que estamos conversando é que até 2 de outubro não se discute cargos. Primeiro vamos ganhar a eleição. Quem quiser assumir esse projeto, que buscamos construir ouvindo a população, é bem vindo, mas com o compromisso de trabalhar de verdade para a população de Canela. Queremos ser vitoriosos no Executivo e no Legislativo, pois é muito difícil governar com minoria na Câmara”, salientou Constantino.

Ele acrescentou que o povo precisa aprender a participar do processo de construção da sociedade. “A participação da sociedade é fundamental. O povo precisa assumir o município. Quero uma sociedade exigente, com entidades fortes. Se não for assim é complicado governar. A população está acostumada com o paternalismo, mas os dois lados precisam dar as mãos. O povo tem que entender que o dinheiro da Prefeitura é dele e por isso precisa cuidar e zelar pela cidade. O grande desafio hoje é conscientizar o cidadão a assumir sua parte e participar da administração. O prefeito é contratado, através do voto, para administrar um dinheiro que não é dele”, disse o pré-candidato.

Constantino afirmou que o Hospital de Caridade de Canela (HCC) passa por um problema muito sério. “É quase uma bomba. Para que o HCC volte a ser o que era antes é preciso injetar mais recursos da Prefeitura. Existe recursos para isso no Orçamento do município. Pelo menos no meu governo existia. Hoje não sei como estão as finanças do município. A população de Canela pode ter certeza de uma coisa, nós não vamos permitir que aquele hospital morra. Nós vamos fazer de tudo. Se precisar tirar dinheiro de outros setores nós vamos tirar. Uma cidade não pode deixar de ter um hospital”, pontuou Orsolin.

Com relação ao atendimento que o Hospital Arcanjo São Miguel, de Gramado, vem prestando aos canelenses, Constantino defendeu que é justo que a Prefeitura repasse recursos para ajudar nos custos. “Não existe separação entre Canela e Gramado. Se o hospital de Gramado está prestando serviços aos canelenses, é justo que se repasse recursos, uma vez que o HCC não pode prestar o serviço. A saúde é o primeiro tema do nosso programa de governo e vamos tratar essa questão com muita dedicação”, garantiu o peemedebista.

Constantino respondeu questionamentos em relação aos cães de rua. “Se a Prefeitura instalasse um canil publico custaria R$ 400 mil por mês. Precisamos fazer convênios com as ONGs, que cuidarão dos animais com mais eficiência e com um custo menor”, disse.

Ao falar sobre Educação, o professor lamentou a demolição da escola Tio Beto, que ficava no bairro Canelinha. “Aquela escola matou a fome de muitas crianças. Era uma escola histórica, com 34 anos de história, que permitiu que as mães pudessem trabalhar. Minha paixão é a escola de tempo integral e nós vamos implantá-la. Uma escola que ocupe o aluno, com atividades que fazem a criança ter espírito de equipe, que seja questionadora. É necessário que todas as escolas municipais tenham turno integral, pois isso dá um acréscimo enorme aos conhecimentos do aluno, com atividades no turno inverso das aulas. É uma escola mais cara, mas que prepara muito melhor as pessoas para o futuro, que forma o caráter, além do raciocínio”, declarou Constantino.

Para o peemedebista, Gramado e Canela precisam se unir para discutir algumas propostas que envolvem a região. Uma delas é a segurança. “Existe uma defasagem muito grande de brigadianos e agentes da policia civil em Canela, em relação a Gramado. E Canela tem sete mil habitantes a mais. Vamos cobrar do governo do Estado o mesmo número de policiais para as duas cidades. Temos um presídio e o Palácio do Governo, que são coisas a mais. É fato que se uma criança está numa escola de qualidade, a criminalidade diminui. Por isso acredito na escola de tempo integral. A maior parte dos crimes de Canela é oriunda das drogas. A educação é fundamental para diminuir a criminalidade. O município pode contribuir oferecendo educação de qualidade, praças e quadras esportivas, iluminação pública decente. Essas coisas o município pode fazer”, pontuou.

Constantino afirmou ainda que o Turismo é a essência e principal fonte de renda de Canela. Porém, ele lembra que é preciso que sejam realizadas as grandes obras de infraestrutura e que a ornamentação da cidade seja retomada. “O Turismo é o que nos move economicamente. Em cima disso vamos investir e criar um conselho de pessoas pensantes, apartidárias, que ajudem o prefeito a pensar Canela. Temos belezas naturais que nenhum outro município tem e precisamos cuidar mais delas”, observou.

Ao ser questionado se está preparado para enfrentar mais uma eleição, com todos os ataques de seus adversários, Constantino disse que pensa muito antes de entrar numa briga, mas quando entra está disposto a suar a camisa. Ele revelou que recebeu convite do governo do Estado para assumir um cargo e não aceitou. “Se é para doar mais um tempo de vida pública, doarei a Canela. Na última eleição saímos detonados do processo. Quando se sofre uma derrota, existem duas maneiras de agir. Ou você se acovarda ou toma uma atitude e reconstrói. Reconstruir é muito mais difícil. Mas acredito ser possível reconstruir uma Canela grande de novo, com esperança”, finalizou.