Geral
02/06/2018 18:46

O representante das revendedoras de combustíveis na comissão de gerenciamento municipal para gerenciar os efeitos da greve e do desabastecimento em Gramado, Danton Martins, explicou porque o combustível não está chegando em todos os postos e em quantidade suficiente.

Segundo Dalton, a falta de álcool anidro nas distribuidoras do Rio Grande do Sul está fazendo com que a distribuição de combustíveis seja ainda mais demorada, mesmo após o fim da greve dos caminhoneiros.

Conforme o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (Sulpetro), a substância, utilizada na composição da gasolina, é produzida fora do Estado e acaba demorando para chegar a todas as distribuidoras gaúchas.

A previsão da Sulpetro é de que, até segunda-feira (4), o quadro seja normalizado nas distribuidoras. Por lei, o anidro deve representar 27% do litro da gasolina comum e 25% do da premium.

O presidente do Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua, confirmou a falta da substância. “Neste momento, o mercado está com problema pontual de anidro nas distribuidoras. Mas é uma situação que vai se regularizar nos próximos dias. Há uma previsão e um esforço de todas as distribuidoras de que, a partir de segunda-feira, isso já esteja bem mais acelerado”, estima.

Dal’Aqua ressaltou ainda que a entidade recebeu a informação de que nenhuma cidade gaúcha está totalmente sem combustível. Mas ocorrem, problemas pontuais de desabastecimento, como é o caso de Gramado e Canela.

O presidente disse também que a distribuição ainda é “capilarizada”, com a gasolina, o diesel e o etanol chegando de forma mais rápida à Capital e região Metropolitana.

Danton Martins conta que durante esse período em que o combustível está chegando de forma precária nos postos gramadenses, a população não tem colaborado, colocando apenas R$ 100, por carro, como tem sido a orientação, para que todos sejam atendidos.

”As pessoas abastecem e em vez de rodarem com aqueles 100 reais, até esvaziar o tanque e abastecer de novo, elas abastecem num dia e voltam no outro para colocar mais 100 reais e encher o tanque. Por isso as filas ficam intermináveis. É preciso ter consciência”, disse Danton.

Por conta da falta da matéria-prima, a entrega de combustível tem sido feita através de rodízio. “Cada posto recebe um carregamento por dia. Até que a situação seja normalizada na sua distribuidoras e aí todos poderão normalizar seus estoques de combustível”, informou Danton.