Geral
05/07/2018 17:15

Gramado abre as portas neste final de semana para um evento internacional de jiu-jitsu que vai reunir mais de 700 atletas na cidade. O campeonato integra a segunda etapa do calendário da UAE Jiu-Jitsu Federation no Brasil/temporada 2017/2018 (UAEJJF), e ocorre no Ginásio José Francisco Perini, o Perinão. O propósito é promover a prática de uma das artes marciais mais conhecidas e difundidas no mundo.


A comunidade Gramadense também terá a oportunidade de prestigiar as disputas no domingo, das 9h às 20h. Os ingressos no valor de R$ 10, poderão ser adquiridos somente no dia, diretamente no Ginásio Perinão.


Para os atletas, porém, as atividades já iniciam no sábado (7), com diversos workshops preparatórios e de capacitação. “Será uma oportunidade para revisarmos as regras do jiu-jitsu e, principalmente, para que os atletas possam tirar qualquer dúvida sobre a arte marcial e a competição”, ressalta Elias Eberhardt, membro da UAEJJF. Inicialmente, o evento estava previsto para ocorrer em maio, mas foi transferido por conta da paralisação dos caminhoneiros e desabastecimento de combustível no país.


A competição é uma parceria da Prefeitura de Gramado com a Federação Brasileira de Jiu-Jitsu (FBJJ). A etapa já começa a contar pontos para o cobiçado ranking da UAEJ Jiu-Jitsu Federation. “Ficamos muito honrados em ter mais um evento no calendário da Secretaria de Esporte do município. Ações como essa fomentam o turismo esportivo, e estamos ainda mais felizes por termos competidores da cidade nessa disputa”, destaca o secretário da pasta, Jacó Schaumloeffel.


Transmissão ao vivo - O canal Combate transmitirá ao vivo as finais do UAEIJJF em Gramado pela Sky (nº 190), pela Vivo TV (nº 161) e pela Oi TV (nº 360).


Ingressos - Os ingressos serão disponibilizados à comunidade no valor de R$ 10 e podem ser adquiridos na bilheteria do Perinão, no domingo (8), dia das competições. Não haverá venda antecipada de ingressos.


Campeão mundial estará em Gramado para a competição

Carlos Holando, tem 28 anos e tinha 18 quando pisou pela primeira vez em um tatame. Natural de Amazonas, Carlos viu ali uma oportunidade de vida para quem não teria condições de acesso à faculdade na época. “Com humildade, a qualidade de vida de alguém que investe no jiu-jitsu como carreira é gigantesca. Hoje, tenho uma vida estável graças a essa arte marcial”, comenta.


O atleta é reconhecido mundialmente no mundo do jiu-jitsu: Carlos é campeão mundial, bicampeão pan-americano e campeão europeu. Além disso, foi campeão amazonense 10 vezes e quatro brasileiro. Atualmente, Carlos tem uma academia na cidade de Adrianópolis, em Manaus e outras três filiais na Califórnia, China e Alemanha.


“Além de ter muita vontade de conhecer o Sul, principalmente Gramado, a expectativa para o evento é muito boa. Eu e mais dois alunos meus representaremos a cidade de Manaus. A cultura do Rio Grande do Sul nos encanta, então será uma satisfação estar na cidade por esse período”, finaliza Carlos, que competirá na categoria Pluma.


Inclusão faz parte do jiu-jitsu


Não existem barreiras na hora da prática do esporte e com o jiu-jitsu não é diferente. Durante o final de semana de 7 e 8 de julho, cerca de 60 atletas de parajiu-jtsu estarão presentes no International Pro de Gramado. A categoria é composta por competidores que tenham algum tipo de deficiência mental ou física.


O parajiu-jitsu é o esporte que mais oferece inclusão para atletas portadores de deficiência, pois possui 18 classificações funcionais. Paraplégicos, tetraplégicos, cegos, portadores de síndrome de down, cadeirantes, amputados e muitos outros encontram um tipo de competição dentro do esporte.


Segundo o presidente da Federação Brasileira de Parajiu-Jitsu, Elcirley Luz Silva, mais do que uma ferramenta de inserção, a prática do esporte ajuda as pessoas a se adaptarem a um novo mundo, que é desafiador, diariamente.


“Para muitos atletas, essa oportunidade é uma chance de recomeço, de adaptação, e durante esse final de semana, atletas do Brasil todo virão a Gramado para superar desafios. É importante que a comunidade, principalmente as pessoas que também portam algum tipo de deficiência, compareça à competição. A história de garra, coragem, determinação e superação desses atletas pode servir de incentivo para centenas de pessoas”, finaliza.