Politica
16/07/2018 22:36

A Câmara Municipal de Gramado rejeitou o projeto substitutivo que institui o Programa de Alimentação dos Servidores Municipais da Prefeitura, por 5 a 3.


Os cinco vereadores da oposição votaram contra. São eles: Ubiratã Oliveira, Volnei da Saúde, Rafael Ronsoni, Luia Barbacovi e Rosi Ecker Shmitt. Votaram a favor: Professor Daniel, Everton Michaelsen e Renan Sartori. A presidente da Casa, vereadora Manu Caliari (PRB) só votaria se houvesse empate.


Um fato que chamou a atenção foi a presença de seguranças, que acompanharam a sessão para evitar tumulto, pois o plenário estava lotado de funcionários públicos do município.


Por diversas vezes a presidente a Casa, Manu Caliari, pediu que os servidores não se manifestassem, ameaçando que os seguranças iriam retirar do plenário os que não cumprissem com a ordem de respeitar o Poder Legislativo. Sob protestos os servidores se retiraram do plenário, gritando “que vergonha, vamos dar resposta nas urnas”. Do lado de fora da Câmara, os servidores continuaram gritando e protestando com palavras de ordem.


A proposta foi amplamente debatida entre os poderes Executivo, Legislativo e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Gramado (SSPMG), este último aprovou o novo projeto em assembleia realizada no último dia 27 de junho. Entre as alterações propostas no novo projeto (nº 013/2018) consta a redução em R$ 518 mil no impacto financeiro ao município.


O líder do governo, vereador Professor Daniel (PT), defendeu que o projeto do vale-alimentação iria contemplar todos os servidores, que poderiam optar em permanecer com a cesta básica ou adotar o novo benefício. Além disso, a administração espera economizar cerca de R$ 2,9 milhões  com a medida.


“A intenção da Prefeitura é clara: dar isonomia para todos os servidores, pois hoje somente alguns utilizam o refeitório. A aprovação desse projeto representaria uma valorização dos servidores”, disse Daniel.


O vereador Renan Sartori (MDB) afirmou que o governo municipal sempre buscou ouvir os vereadores e reduzir o impacto financeiro desse projeto. “Essa redução ocorreu em torno de R$ 518 mil. Temos que pensar com a maioria, que aprovou o projeto em assembleia. Esse vale iria atender a maioria dos servidores”, disse Renan.


O vereador Everton Michaelsen (MDB) disse que a bancada do MDB confia plenamente no governo Fedoca. “Existe previsão no Orçamento para implantar o vale. Os servidores  querem e aprovaram. O governo fez sua parte reduzindo seus custos. É hora de ter bom senso”, salientou Michaelsen.


O vereador Volnei da Saúde (Progressistas) disse que o projeto foi discutido há um ano e meio na Câmara. “O que acordamos com a Prefeitura não foi cumprido. O impacto financeiro não foi apresentado. O custo da cesta básica, refeitório e leite fica em R$ 1,3 milhão e o vale em mais de R$ 4 milhões. Queremos deixar um legado de responsabilidade e não queremos ser responsabilizados por inviabilizar as contas do município. Temos inúmeras outras prioridades, como a saúde. Olha a situação do Hospital. Não sou contra o vale, mas sim contra o modelo que foi proposto”, disse Volnei.


Valores do Vale Alimentação


– 20h e 25h semanais: R$ 9,37


– 30h e 32h semanais: R$ 12,50


– 40h semanais: R$ 18,75


Em contrapartida, o servidor contribuiria com 20% sobre o valor recebido.