Denúncia de gramadense que quase morreu devido a negligência médica, gera inúmeros relatos graves que evidenciam falta de estrutura no Hospital de Gramado

O caso relatado pela gramadense Francici Bossardi, que denunciou que quase perdeu a vida devido à negligência médica e falta de estrutura adequada para atender gestantes no Hospital Arcanjo São Miguel (leia aqui), gerou inúmeros relatos de outras pessoas que passaram por experiência de quase morte e diagnósticos errados, que causaram danos.

Os relatos mostram que a administração do hospital não está atenta aos sérios problemas que estão ocorrendo há anos. E se está ciente, vem acobertando a verdade, com divulgação de atendimentos recorde na mídia, que não condizem com a realidade, o que é mais grave ainda.

Nas redes sociais a comunidade se manifestou contando suas experiências negativas no hospital. “Quase perdi meu filho em 2018 por conta de um grande erro médico. Ele nasceu com pneumonia congênita e só não morreu porque meu marido brigou no hospital para mandarem ele para Caxias”, disse Bety Silva.

“Infelizmente o hospital hoje é uma empresa e uma empresa tem que economizar recursos. Minha esposa passou algo semelhante há dois anos e meio, quando nasceu nossa segunda filha. Um erro médico quase a levou”, contou Ediner Debortoli.

“Agora vão tomar alguma providência? Fizeram pouco caso do meu filho também, que machucou o joelho na escola e agora está com risco de ter problema na coluna, pois a pediatra do hospital disse que ele não tinha nada. Fiz ressonância pelo posto de saúde e mostrou que ele está com problema no joelho sim. E agora como é tudo um complô dos grandes em Gramado, não consigo fazer justiça”, desabafou Daniele Evandro Piva.

”Eu levei minha filha de 6 anos semana passada, com dor de garganta e febre, mas o pediatra plantonista me receitou um remédio de 400 reais, que comprei, mas não ela não melhorou. Teve reação alérgica e a levei de volta para o hospital. Aí o outro pediatra plantonista disse que nunca deveria dar esse remédio para uma criança de 6 anos. A farmacêutica me disse que esse remédio, que se chama Ceclor, está sendo proibido de ser receitado. A pergunta que fica é Gramado para os gramadenses? Aonde que eu não vejo”, pontuou Luís Ricardo Brixner.

”Perdi minha mãe no hospital, pela mesma atitude do médico plantonista.  Sem fazer exames, simplesmente mandam embora”, disse Beti Ferreira.

”É inacreditável mas isso acontece em Gramado, a Cidade Perfeita, a Cidade dos Sonhos dos Turistas. Não podemos deixar passar em branco uma Situação como essa, onde essa moça não perdeu a vida por sorte, como ela mesma descreve no seu depoimento. Sorte que Deus não permitiu que algo mais grave, ou seja a morte, fosse o seu destino. Até quando as pessoas terão que pagar com a própria vida pela negligência de pessoas que se dizem médicos, que fazem um juramento de salvar vidas. Mas na prática tratam as pessoas com descaso. E nem dá para dizer como um cachorro, porque os veterinários tratam os animais muito melhor do que muitos médicos tratam as pessoas. Francine eu não te conheço, mas te desejo muita força. Não deixe passar impune essa situação, que quase tirou a sua vida. Hoje foi você, mas poderia ter sido qualquer uma de nós. Não podemos aceitar sermos tratados com descaso, por sermos atendidos pelo SUS. O SUS não é de graça, nós pagamos impostos e bem altos, e o mínimo que deveríamos ter era um atendimento digno”, disparou Andresa Jung.

Esses são apenas alguns dos diversos depoimentos que foram feitos por pessoas inspiradas e encorajadas pela denúncia de Francine. Pessoas que passaram por situações inaceitáveis no Hospital Arcanjo São Miguel e que agora tiveram espaço para expor suas histórias. 

Está na hora de parar com as propagandas enganosas e fazerem algo para corrigir os absurdos relatados pelos gramadenses. Façam por merecer, invistam no nosso hospital e terão realmente algo de valor que mereça ser noticiado.

Caso contrário veremos muitas outras notícias tristes como o caso de Francine e de tantos outros moradores da verdadeira Gramado, não a que é vendida como conto de fadas para os turistas, mas aquela que só o gramadense conhece.