Prefeito destaca impacto econômico mínimo e recebe apoio de entidades à suspensão de novos hotéis e restaurantes em Gramado

O prefeito de Gramado, Nestor Tissot, comentou nesta segunda-feira (30) sobre os impactos econômicos da decisão de suspender temporariamente novos projetos de hotéis e restaurantes na cidade. De acordo com ele, a medida não deve trazer prejuízos significativos para a economia local.

Os decretos municipais suspendem, por 180 dias, a emissão de novos pedidos de alvarás para hotéis com mais de 20 apartamentos e restaurantes com mais de 20 cadeiras. Segundo Tissot, a maior parte dos materiais utilizados em grandes obras e a mão de obra especializada são de fora da cidade.

"Não teremos casos em que algum estabelecimento de venda de materiais de construção vai dizer que perdeu uma venda enorme de material por conta dos decretos. Todo material desses grandes empreendimentos vinha de fora", afirmou o prefeito.

A decisão recebeu apoio de importantes entidades do setor. O presidente do Sindtur Serra Gaúcha, Cláudio Souza, elogiou a iniciativa. "Parabenizamos a Prefeitura pela decisão, que é correta e procedente", declarou.

O presidente da Abrasel Hortênsias, Marcelo Wazlawick, também apoiou a medida. "É um momento de repensar o futuro da cidade", afirmou.

A associação PLANTA, que reúne profissionais de arquitetura, urbanismo e paisagismo da região, também manifestou apoio. A entidade destacou que o prazo de 180 dias poderá ser insuficiente para repensar a cidade de forma profunda e que o debate sobre o futuro urbano de Gramado deve continuar mesmo após o período da moratória.

Com a suspensão, a Prefeitura pretende ganhar tempo para avaliar o crescimento acelerado do setor, os impactos na infraestrutura e planejar de forma mais sustentável o desenvolvimento de Gramado.